O jornalista Jason Schreier, da Bloomberg, conseguiu obter, sob anonimato, depoimentos detalhados de vinte funcionários e ex-funcionários da CD Projekt RED sobre o desenvolvimento problemático de Cyberpunk 2077.
Em seu artigo, Schreier menciona bastidores da produção do game, dizendo que embora tenha sido anunciado em 2012, o título só começou a ser trabalhado em 2016, quando Adam Badowski, diretor da CDPR, “redefiniu o projeto”.
“Os mais de 20 funcionários da CD Projekt, entre atuais e antigos, dos quais a maioria solicitou anonimato para não arriscarem suas carreiras, retratam um processo de desenvolvimento marcado por ambição desenfreada, planejamento mal feito e deficiências técnicas”, relatou Schreier.
No mundo dos desenvolvimentos jogos ambiciosos, não é incomum ver egos incompatíveis entrarem em conflito, e foi o caso também em Cyberpunk 2077. Alguns dos principais desenvolvedores imaginavam a história e o gameplay de forma diferente de Badowski. Assim, entre as ideias descartadas do projeto inicial, estavam a câmera em terceira pessoa, a mecânica de correr na parede e os carros voadores.
Por outro lado, havia grande ênfase no marketing e na apresentação do jogo (especialmente nas demos “jogáveis” da E3), que usou um tempo valioso do desenvolvimento. Segundo Schreier, essa demo apresentada a portas fechadas na E3 2018 era amplamente “falsa” e muitos dos sistemas exibidos ali não estão na versão final.
No fim das contas, o game da CDPR apresentou muitos problemas em seu lançamento, gerando descontentamento e pedidos de reembolso. De acordo com as fontes de Schreier, os devs têm certeza de que a maioria dos erros técnicos ou problemas gráficos do jogo serão corrigidos, como prometido.
Em post no Twitter, Adam Badowski refutou algumas das afirmações de Schreier, afirmando que os recursos ausentes são “parte do processo de criação”. Ele também afirmou que a empresa “assumiu” os problemas do jogo nos consoles da geração passada e disse, “estamos orgulhosos de Cyberpunk 2077 como jogo e visão artística”.
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