O texto possui spoilers do primeiro episódio da série de The Last of Us!

O segundo episódio foi ao ar no último domingo, seguindo o trio que deixou a zona de quarentena para tentar entregar a pequena garotinha ao grupo dos Vaga-Lumes, matendo a fidelidade, o capítulo segue, para nossa sorte, enriquecendo e surpreendendo os fãs dos jogos.

Salve quem você puder salvar

O episódio trilha seus próprios caminhos, aqui o que é estabelecido é a maneira certeira de substituir os esporos, que no jogo é a forma mais rápida que o fungo encontra para se espalhar e seguir infectando mais humanos, algo que já é bastante assustador.

Mas o tom macabro se eleva para algo que não há nos games. Começamos acompanhando um tom mais científico, que fortalece o capítulo anterior, em mais um salto ao passado, o que particularmente me agrada, afinal de contas, na obra original não temos a origem do surto, tudo ocorre em uma noite e de repente estamos 20 anos no futuro.

Os minutos iniciais podem ser indícios de que ainda mostrarão mais dos primeiros anos, a narrativa engloba um misto de fascínio por uma ideia tão boa e original, com um pouco mais de medo, o aviso dado pelo cientista e o dia em que finalmente seu estudo se provou correto, parece muito com os avisos dados sobre o vírus que deixou nossos dois últimos anos em uma pandemia global.

É importante que a série explique usando dados verdadeiros, por mais que seja a ficção (para nossa sorte) ainda a maior porcentagem no roteiro.

Se quando os jogadores acreditaram estar preparados por já conhecerem toda a jornada de Joel e Ellie, Neil Druckmann e Craig Mazin fazem questão de provarem que estamos errados, é como assistir novamente um filme de terror e saber a cena do jump scare, mas mesmo assim acabar com o coração acelerado.

Antes estávamos impressionados pela produção, mas seguiremos elogiando, o diretor desse episódio foi o próprio Neil, pois como criador da obra original, chegou a dizer que a HBO teria que ter sua aprovação e mostra o motivo de ter no currículo grandes obras.

A apresentação dos infectados, os famosos e mortais estaladores ocorre em uma cena praticamente perfeita, isso após uma explicação dada por Tess e Joel sobre como os monstros agem, algo que soou como a história de Celular, livro escrito por Stephen King e Invasores de Corpos, filme de 1978. Talvez por isso não tenha achado tão original, mas não menos impressionante.

O capítulo possui uma cena já aguardada, mas extremamente emocionante e impactante, devastador pode resumir bem, por mais que tenham mudanças, essas surgem para somarem ao novo modo que escolheram seguir e mostrar na adaptação, o programa parece querer finalmente mostrar a semente que eles querem plantar, algo entre a esperança e como ela faz falta.

Ellie é imune a infecção do fungo, como foi revelado anteriormente, mas tem que esconder isso de todos, pois onde ela nasceu não há sequer quem acredite em dias melhores, como o personagem de Pedro Pascal faz questão de mostrar durante toda essa parte.

Todas as novidades mostradas, irão levantar muitas teorias para os próximos episódios.

A história anda rápido, mas sem deixar nada para trás e termina como um soco no estômago, algo que a HBO sabe bem como fazer, até aqui o saldo é positivo.