A equipe do drama histórico CORAÇÕES NAUFRAGADOS finalizou suas filmagens na última quinta-feira (06), marcando o encerramento de uma das produções nacionais mais ambiciosas dos últimos anos. Dirigido por Caco Souza, com roteiro e produção executiva de Cacilda de Jesus, o filme revive um capítulo pouco explorado da história brasileira: os ataques do submarino alemão U-507 à costa de Sergipe, em 1942, que resultaram na morte de mais de 600 civis.
Filmagens em locais históricos de Sergipe
A produção foi gravada ao longo de pouco mais de um mês em espaços emblemáticos do estado, reforçando a identidade regional e a autenticidade do longa.
Em São Cristóvão, as cenas tomaram o Convento São Francisco, um dos conjuntos arquitetônicos coloniais mais importantes do país.
Em Aracaju, os sets incluíram:
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Palácio Carvalho Neto, sede do Arquivo Público de Sergipe
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Palácio-Museu Olímpio Campos, antiga sede do governo
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Terminal Marítimo Inácio Barbosa, na Barra dos Coqueiros
As filmagens foram finalizadas na Praia do Saco, em Estância — o mesmo local que recebeu náufragos reais após os ataques de 1942.
Elenco de peso reúne nomes da TV e talentos sergipanos
CORAÇÕES NAUFRAGADOS conta com um elenco de destaque nacional, incluindo:
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Olivia Torres
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William Nascimento
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Dalton Vigh
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Daniel de Oliveira
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Wagner Santisteban
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Mina Nercessian
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Leonardo Medeiros
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Gabi Britto
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Domingos Antônio
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Anne Samara
Além deles, a produção valoriza o talento local com mais de 40 atores sergipanos.
A trama: amor, resistência e uma tragédia apagada da memória nacional
A história acompanha:
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Lucinda Camargo (Olivia Torres): jovem jornalista que escreve sob pseudônimo masculino e decide revelar sua identidade
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Capitão Francisco da Silva (William Nascimento): militar sergipano e líder clandestino na resistência antinazista
Entre o Rio de Janeiro e Sergipe, os dois lutam contra a repressão política e enfrentam o impacto direto da guerra que atingiu o Brasil — incluindo os ataques do U-507, um dos episódios mais trágicos e pouco discutidos da Segunda Guerra em território nacional.
Sergipe como polo cinematográfico
O longa destaca o estado não apenas como cenário, mas como espaço de produção audiovisual.
A atriz sergipana Gabi Britto celebra a representatividade:
“Ver Sergipe como cenário na tela do cinema e poder ouvir as vozes que contam essa história é uma realização pessoal e profissional. Espero que esse fato passe a ter o reconhecimento merecido não só em Sergipe, mas também no nosso país”.
Estreia em 2026
Com recursos já captados pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/BRDE), o filme busca espaço em festivais nacionais e internacionais e deve chegar aos cinemas brasileiros em meados de 2026.
