Uma briga de robô é sempre bem-vinda, pelo menos eu adoro, sejam robô contra robô, ou contra monstros gigantes, a saga cinematográfica dos automóveis que se transformam em guerreiros de metal gerou uma boa quantidade de filmes, cabe ao telespectador decidir se são realmente bons. Claro que não adianta esperar algo extremamente filosófico no meio de uma guerra entre aliens, mas que são divertidos, isso eles são.

Optimus Prime e companhia voltam para uma nova aventura, quer dizer, nova para nós, já que o filme é se passa em 1994 época em que os heróis desejavam retornar para casa, desejo esse que será o moto da trama envolvendo a terra e o seus futuros defensores.

A história gira em torno dos irmãos Kris e Noah Diaz, em busca de uma vida melhor, juntos da mãe tentam conseguir uma forma honesta de alcançar o básico para sobreviver, o irmão mais novo Kris, sofre de uma doença que o faz ter constantes dores, mas por não terem dinheiro, não conseguem o tratamento adequado, o filme tenta fazer conquistar o público com a história dos irmãos, mas não funciona, creio que por dois motivos; não há tempo de tela suficiente par ser dividido entre máquinas e dramas humanos, o outro é porque essa história vai mais de encontro aos seres alienígenas do que aos habitantes da Terra.

Claro que existem fatores que vão ganhar o público, como as referências de jogos e filmes, e o alívio cômico em certas cenas. Mas apostar nisso é perder tempo, tempo que poderia ser gasto arrumando a trama que importa, os Maximals estão do lado dos Autobots e precisam unir forças contra um vilão que consome planetas (Galactus 2.0), temos alguns personagens novos e muito divertidos, como o Miragem, que é o grande parceiro de Noah.

O filme não foge muito dos anteriores, é dividido entre apresentar os personagens, introduzir o problema, batalhar e concluir a aventura, nisso o filme cresce e nos deixa vidrados, já que a cenas são muito boas e como já citado, uma boa briga de robô é sempre bom, o vilão não possui o mesmo carisma de Megatron, mas faz bem o seu papel.

O destaque vai mesmo para as máquinas com aparência de animais, águia, gorila etc. Esses que guardam ainda surpresas para o momento da batalha final, a obra que dura pouco mais de duas horas, não é um filme inesquecível, mas não é de todo ruim, existem bons momentos e o clímax entretém na medida certa, o que pesa para os mais chatos (ou que procuraram respostas e não acharam, como no meu caso), é que as soluções são muito rápidas e algumas nem mesmo parece ser tão inteligente.

O longa deixa brecha para uma continuação, que deve vir apresentando mais personagens ao universo, e enriquecendo assim a trama, é uma excelente pedida para quem gosta da franquia ou que apenas quer ir assistir um filminho e comer sua saborosa pipoca em paz.