Após um longo hiato no lançamento de conteúdo para The Division 2, surge The Division 2: Battle for Brooklyn, ambientado em um local familiar aos veteranos da franquia. A nostalgia é sentida desde os momentos introdutórios do DLC. Com duas novas zonas para exploração — Dumbo e Brooklyn Heights —, o conteúdo, embora curto, entrega áreas envolventes, adicionando preciosas horas de jogo. Vale a pena jogar? Confira nossa análise completa!

Retomando o foco na narrativa, Battle for Brooklyn transforma a experiência em The Division 2, com um novo tom e propósito. Após anos marcados por conteúdos sazonais e rotinas repetitivas de grind, o DLC apresenta uma mini campanha estruturada, onde a história assume papel central. Brooklyn surge como um refúgio frágil, agora sob ameaça.

Do outro lado do rio, em Manhattan, uma facção impõe o caos, obrigando os jogadores a restaurar a ordem diante de enormes adversidades. Essa proposta imersiva oferece um forte incentivo de retorno aos veteranos, especialmente com a experiência aprimorada no PS5.

O início

Battle for Brooklyn expande o universo de The Division ao focar em facções insurgentes tentando dominar Brooklyn após o colapso social. Sem romper com os padrões da série, a DLC introduz novos personagens e nuances que enriquecem a narrativa, destacando o conflito entre ordem e anarquia. A Ubisoft reforça o lado humano da crise com missões que exploram perdas, dilemas morais e o esforço de reconstrução social. Apesar de aprofundar o lore e explorar o passado de personagens, o conteúdo evita grandes reviravoltas, o que pode decepcionar quem espera mudanças narrativas mais ousadas.

Uma das principais críticas ao novo conteúdo é a redução no número de distritos, se comparado ao último DLC, Warlords of New York. Os fãs esperavam mais conteúdo e um mapa maior para exploração. Em vez disso, a Ubisoft optou por elevar o nível de dificuldade, prolongando a gameplay com desafios intensos desde os primeiros momentos. Inimigos espreitam a cada esquina e causam danos consideráveis a builds despreparadas. Prepare-se para reencontrar rostos conhecidos, como Theo Parnell, Aaron Keener e Jessica Kandel.

Neste ponto da trama, o universo de The Division 2: Battle for Brooklyn mergulha no caos após os eventos de Warlords of New York. Um novo agente inimigo domina Brooklyn como um estrategista invisível, manipulando eventos e introduzindo uma substância roxa altamente corrosiva. Essa ameaça exige estratégia apurada para evitar grandes danos. Explorar todos os detalhes da expansão leva cerca de 10 horas para jogadores que buscam vivenciar completamente a experiência proposta pela Ubisoft.

A ambientação se destaca, com missões principais em cenários muitas vezes opressores. As ruas estreitas e os efeitos climáticos dinâmicos contribuem para a tensão e dificultam a visibilidade, intensificando a sensação de perigo constante.

Campanha estruturada

A campanha se desenvolve em duas áreas inéditas, cada uma com identidade própria. Em Brooklyn Heights, o ambiente vertical favorece flanqueamentos e emboscadas. Já Vinegar Hill proporciona combates intensos e próximos, ideais para confrontos corpo a corpo. Com visuais ricos e atenção aos detalhes, o design das missões aproveita bem o cenário, promovendo batalhas estratégicas com ritmo bem calibrado. Fica claro que a equipe de desenvolvimento aprendeu com expansões anteriores, entregando uma experiência mais concentrada e imersiva.

Apesar de bem estruturada e envolvente, a campanha é consideravelmente curta. A maioria dos jogadores concluirá as missões principais em poucas horas, e quem busca uma narrativa mais longa ou um desenvolvimento mais profundo dos personagens pode sentir falta de conteúdo nesse aspecto.

No entanto, cada elemento do DLC é executado com precisão e entusiasmo — desde as sequências de combate até a narrativa que permeia cada ambiente. Sem reinventar The Division 2, a expansão oferece uma experiência concentrada daquilo que a franquia faz de melhor, com energia renovada e foco claro, o que deve agradar aos fãs.

Por que Brooklyn?

Porque foi o ponto de origem simbólico e narrativo de toda a franquia. The Division original (2016) levou os jogadores ao outono em Brooklyn, enquanto a sociedade se desintegrava ao seu redor, estabelecendo o tom e a atmosfera do universo do jogo. Retornar a Brooklyn em 2025 é uma experiência narrativa poderosa e completa — algo que a base de jogadores aguardava com expectativa.

Jogabilidade

Em termos de jogabilidade, Battle for Brooklyn preserva a essência clássica da série, mas aplica ajustes sutis que elevam o desempenho geral. A IA dos inimigos está mais inteligente, os inimigos estão mais coordenados, flanqueando e recuando estrategicamente, mantendo o jogador sob pressão constante durante os combates.

O DLC também introduz perigos ambientais, como lança-chamas, latas de gás e lançadores de granadas automáticos, que testam sua paciência e inteligência. Seja jogando sozinho ou em equipe, esses novos obstáculos certamente trarão desafios inéditos.

A expansão mantém o combate tático, a movimentação estratégica e o ciclo de loot recompensador. A ambientação urbana de Brooklyn apresenta novos desafios, exigindo atenção à cobertura e ao posicionamento. O design de níveis é levemente refinado, sem reinventar as mecânicas, o que pode agradar aos fãs, mas frustrar quem esperava inovações.

Novos equipamentos, armas menos convencionais e habilidades aprimoradas ampliam as opções estratégicas, especialmente para builds de alto nível. Para jogadores iniciantes ou que estavam afastados, a possibilidade de avançar diretamente ao nível 40 facilita o acesso ao novo conteúdo, embora a curva de aprendizado possa ser acentuada sem um preparo prévio.

Entre as melhorias mais notáveis estão os aprimoramentos na experiência do usuário. O aumento do espaço de armazenamento, embora modesto, é bem-vindo, principalmente diante da variedade de novos itens.

Desempenho

Além disso, o desempenho gráfico e técnico foi aprimorado. No PS5, o jogo apresenta taxa de quadros mais estável, tempos de carregamento mais rápidos e gráficos mais nítidos que nas versões da geração anterior. Esses aprimoramentos não apenas mantêm a intensidade dos combates, como também reforçam a imersão nas ruas devastadas e tensas de Brooklyn.

O título se destaca pela ambientação audiovisual, com uma recriação detalhada e imersiva de um Brooklyn devastado. A direção de arte e os efeitos climáticos dinâmicos intensificam a atmosfera e afetam a experiência tática. A performance é fluida e bem otimizada, mesmo em combates intensos. A trilha sonora e os efeitos sonoros complementam a imersão de forma sutil e eficaz. Apesar de não apresentar inovações gráficas, a DLC atinge uma maturidade estética admirável, apostando na consistência e qualidade artística.

Em síntese, Battle for Brooklyn combina uma narrativa urgente com refinamentos na jogabilidade, apresentando um território familiar revitalizado por novos desafios. Mesmo sem mudanças radicais na estrutura principal, o DLC enriquece o universo do jogo com novas ferramentas, cenários e motivações que incentivam o retorno dos jogadores. Para quem se afastou do título, a atualização oferece um convite atrativo, enquanto os veteranos encontrarão novidades suficientes para manter suas estratégias e builds desafiadoras.

Vale a pena jogar The Division 2: Battle for Brooklyn?

The Division 2: Battle for Brooklyn reafirma o compromisso da Ubisoft com a estabilidade e consistência da franquia, oferecendo uma expansão sólida, tecnicamente confiável e envolvente para os fãs. Apesar de manter o engajamento da base de jogadores e ampliar o lore, evita inovações ousadas em narrativa, mecânicas ou estética. Essa abordagem conservadora levanta questionamentos sobre o futuro da série em um mercado cada vez mais aberto à experimentação. A DLC oferece continuidade e segurança, mas também evidencia a necessidade de uma renovação criativa para que The Division continue relevante e competitivo no gênero.

Nota
Geral
8.0
the-division-2-battle-for-brooklyn-review-ps5The Division 2: Battle for Brooklyn é uma expansão sólida e tecnicamente estável que reforça os pontos fortes da franquia, mantendo os fãs engajados e expandindo o universo do jogo. No entanto, ao evitar inovações significativas, revela uma abordagem conservadora que levanta dúvidas sobre o futuro da série em um mercado que valoriza experimentação e renovação criativa.