Apostando em algo que deu muito certo na série Forza, da Microsoft Studios, a Ubisoft cria o seu spin-off para a série The Crew, com The Crew Motorfest. A divertida jogabilidade arcade do novo game, que testamos o closed beta (beta fechado), impressiona de diversas formas.

Ao longo do tempo, pela própria necessidade de competir com jogos de outros gêneros, games de corrida tomaram novos caminhos. É uma decisão natural, afinal, outros gêneros também se adaptaram e incrementaram sua jogabilidade para trazer experiências mais ricas e diversas. E se você é fã de franquias renomadas de jogos de corrida como Gran Turismo, Forza Horizon/Motorsport ou Need For Speed, acredite, não deixe passar The Crew Motorfest.

Seguindo a forma arcade, ou seja, distanciando-se naturalmente da pegada de simulação (embora seja possível se desligar os assistentes visuais, virtuais e de jogabilidade), o jogo impressiona desde a sua primeira cena.

Através de cenários paradisíacos, logo de cara a tela é recheada de muitas cores. A Ubisoft dá o seu recado e mostra que segue entregando jogos visualmente estonteantes, independente do gênero. E aqui em Motorfest, a Ubisoft não está para brincadeira: é um jogo que constantemente lhe fará querer tirar fotos da tela.

Suas cores e tons pastéis serão um convite recorrente para que, na direção ou parados, procuremos ângulos absurdamente bonitos para salvamos aquela imagem ou vídeo. O visual do jogo, digamos assim, é 100% “instagramável”.

Ainda assim, por ser um closed beta (beta fechado), o jogo ainda não está em sua qualidade final. O que é algo incrível, pois, se The Crew Motorfest já estivesse disponível para a aquisição, certamente pareceria um jogo 100% pronto, pois o nível de qualidade gráfica, sonora e de gameplay é alucinante.

As playlists

Nesta versão beta do game, foi possível se testar cinco playlists. As playlists são pacotes completos de missões diferenciadas e estilizadas que vão se aparecendo à medida que progredimos.

Dessa forma, para iniciar certas playlists, é necessário se alcançar determinados pontos do mapa, o que acaba estimulando com que avancemos mais e mais pela imensidão dos cenários.

Made in Japan foi a primeira playlist. Já a segunda, foi o modo cênico do Havaí. Há também uma playlist específica (e surrealmente interessante!) dos carros elétricos, chamada Eletric Odyssey e mais.

Cada playlist é acompanhada de pequenos e deslumbrantes curtas-metragens que retratam um tanto do que podemos esperar em cada uma delas. Em algumas, o jogo vai mostrando suas variadas possibilidades de jogabilidade, como na 911 Legacy, que é quando descobrimos que podemos trocar de um carro para um barco. E se as águas não são suficientes, explore os céus, pois é possível se trocar para um avião. E, claro, cada veículo possuirá suas missões próprias.

Em termos de extensão, por experiências, já sabemos que mapas gigantescos são uma das maiores especialidades da Ubisoft. Além disso, como em outros jogos da empresa, a imensidão dos mapas é acompanhada de uma excelente qualidade gráfica.

E cada geografia da playlist é acompanhada por seu pacote de elementos gráficos, sonoros e de direção de arte. Por exemplo, se estamos na playlist do Japão, há todo um esquema gráfico ligado às belas luz e cores do Japão. Assim, muitos neons, chuvas, noites e uma iluminação marcante digna de cenários cyberpunks estarão sendo exibidas em tela.

A jogabilidade

A jogabilidade, como não poderia deixar de ser, é um prato cheio em The Crew Motorfest. Além das tradicionais corridas em que precisamos vencer os oponentes, há inúmeros outros desafios em cada playlist. E, embora alguns possam se repetir, há uma variedade em cada playlist que só será possível se ver naquela playlist/área e que só pode ser jogada porque temos determinados veículos, pois estes se adequarão melhor à certas pistas, a partir dos seus tamanhos, trações e desempenho de velocidade e frenagem.

Mesmo quando erramos e nosso carro bate forte contra algo ou sai de pista, não se desespere, o jogo garante um recurso para se voltar no tempo. O recurso pode ser utilizado infinitamente (ao menos nas playlists e missões jogadas) e, em média, os retornos no tempo possuem duração de cerca de 15 segundos, que acaba sendo suficiente para que possamos restituir e melhorar uma jogada/curva/derrapagem inteira.

Com o tempo e com a melhora no controle durante o jogo, fui sentindo cada vez menos a necessidade de retroceder, o que é ótimo e faz o jogo fluir mais e melhor. Em todo caso, como em outros jogos que se utilizam desse recurso, não existe obrigação de usá-lo. É possível, ainda, nas configurações de jogabilidade, se desligar tal recurso.

Como há muitos elementos visuais pulando na tela, a Ubisoft garantiu com que o jogo, tal como diversas outras franquias da empresa, viesse legendado em português brasileiro. Com isso, o jogador com menos tato com a língua estrangeira não se sentirá perdido e saberá exatamente como ir avançando no jogo.

Veredito

The Crew Motorfest entrega tudo aquilo que poderíamos esperar e, creiam, vai além. Não é apenas um jogo bonito. É, acima de tudo, um jogo extremamente divertido, viciante e desafiador. O belo mapa e suas paisagens de cair o queixo vão certamente fascinar o jogador, entretanto, a real beleza do jogo está nas missões e playlists, que oferecem um desafio lúdico, com evoluções bastante desafiadoras e criativas que vão nos fazendo ter a vontade de seguir prosseguindo sem parar pelo jogo.