Como um jogo Call of Duty, as pessoas aquecem a jogatina começando pela história para depois partir para o resto, e Mortal Kombat 1 faz isso similarmente. Por isso, fiz anteriormente uma análise somente do modo história que você pode conferir aqui, mas desta vez, vamos falar do restante do konteúdo.

Mortal Kombat como franquia se encontra cada vez mais como um jogo rico em mecânicas de luta instituindo regras emprestadas de Killer Instinct e Street Fighter mas dando seu charme próprio a elas. Você pode interromper combos inimigos pressionando a direção voltada para o inimigo mais o botão de bloqueio no frame correto para que essas investidas cessem, e também pode neutralizar cascas mais duras de inimigos durões pressionando o ataque no momento certo, em que o personagem brilha.

Agora, jogue no meio de tudo isso a novidade, o “main gimmigck” de Mortal Kombat 1, os Kameos. Como já visto por todos que tiveram o mínimo de tempo com o marketing do jogo, sabe que Kameos são personagens não jogáveis diretamente mas sim personagens que aguardam no fundo, como um tag team, para entrar em cena e performar um ataque antes de se recolherem novamente. Isso cria chances incríveis de combos e de sair de situações estranhas, assim como pôr fim a oponentes “apelões”.

A riqueza é grande com Kameos, e eles não estão destinados tão somente a golpes, mas também possuem seus próprios finishers, adicionando uma camada enorme de experimentação diferente entre suas escolhas de personagens. Os Kameos são acionados com o toque de um botão, e dependendo da direção que você pressiona, isso vai ocasionar golpes diferentes. Grande parte de personagens com seus estilos clássicos viraram kameos, como Sonya, Cyrax, Sektor, Kano, Jax e Stryker.

Falando nisso, o hoster agrada, trazendo coisas de Mortal Kombats da era anos 90, mas se arrisca oferecendo algumas coisinhas do mediano Mortal Kombat 4, mas aqui, dando mais significado e valor nessa nova chance de reconstruir o presente. Fico feliz que todo o lance de personagens em seus verões “zumbificadas” de MK11 não esteja mais aqui, muito menos as armaduras brancas. Podemos ainda contar com certos designs moderninhos, como alguns detalhes dos ninjas do clã Lin Kuei, mas esse toque de modernidade sempre vem com uma sensação de realidade.

Modo Invasão

Nesse ponto, esse é um dos modos no qual eu tenho sensação misturadas, e na maioria das vezes são sentimentos negativos. Ao retirar o modo Krypta do jogo, que era um grande local onde um avatar seu percorria afim de abrir os baús corretos para pegar as melhores recompensas diversas, a responsabilidade se faz enorme em colocar algo a altura no lugar. Ao longo da história a gente pôde ver que o modo Krypta nos presenteava com comandos de finishers, artes do jogo sendo jogado, skins e muito mais.

Desta vez, em Mortal Kombat 1 estamos em um tabuleiro de jogo de mesa (e para isso temos diversos tabuleiros- e começamos na mansão de Johnny Cage), percorrendo caminhos predefinidos, tal como víamos em Super Mario 3. Isso limita muito nossas vontades enquanto o personagem lentamente vai e vem nessas linhas, porém o pior é a sensação de que muito esforço e um bolo de ideias foi colocado no modo e não é exatamente da forma que queríamos. Se vamos ter uma mecânica de pedra, papel e tesoura e elementos de RPG mais hardcore, por favor, não simule um tabletop nessa altura.

No topo disso, se há uma história desinteressante e artificial como há aqui, a agonia de estar neste modo só aumenta. A parte feliz é que cada casa que caímos representa uma luta que devemos encarar, e quanto mais se avança, regras malucas podem ocorrer, tal como nas torres em Mortal Kombat 9.

Modo Treino

Mortal Kombat 1 no geral quer te encaminhar muito bem para o modo online. Ele te dá todas as ferramentas para que depois que leve uma surra dos oponentes reais, não ache que foi tão injusto, afinal, aquelas pessoas provavelmente foram devotas à esse sistema e merecem seus momentos de glória e por isso, novamente, o jogo te dá as melhores ferramentas e chances para se tornar uma dessas pessoas. Além de executar kombos dos mais simples aos mais elaborados, muitos informados pela cartela de golpes bem completinha que o jogo oferece, você poderá mergulhar ainda mais no mundo hardcore dos jogos de luta, porque este aqui resolve analisar e informar os famigerados Frame Data, que são os informes de quantos frames um personagem levam para acionar o golpe escolhido, quanto tempo dura a sua consumação uma vez que é acertado, assim como o tempo de reação disponível caso um ataque seja bloqueado.

Essa leitura é o ponto chave que não deixa um jogo de luta não ser competente e entender esses dados para seus personagens favoritos é a chave para se entrar pelas portas da frente dos jogadores pro.

As Torres

Agora, se você deseja apenas lutar contra a CPU em diferentes baterias em termos de duração, as clássicas torres também estão aqui, mas como hoje em dia fazer um jogo forte em mecânicas que não recompensa pelo seu tempo gasto com ele, é um jogo ultrapassado, cada vitória sua adiciona XP ao seu perfil. Subir de nível no perfil vai lhe garantir diversos presentes, incluindo o destravamento de novos kameos. Então, digamos que não bastaria só ficar no modo krypta se houvesse um, e nem basta ficar apenas no modo Invasão para ir atrás de tudo que o jogo tem a oferecer.

Por fim, Mortal Kombat 1 se apresenta como uma opção generosa para quem costuma comprar poucos jogos ao ano e gostaria de ter bom conteúdo muito além do online.

Ficou interessado? Aproveite e garanta seu Mortal Kombat 1 com 14% OFF no site da Nuuvem!

Nota
PONTUAÇÃO GERAL
9
mortal-kombat-1-a-nossa-segunda-parteMortal Kombat 1 como pacote geral de novo acerta em entregar conteúdo largo para todo o público que o procura. Salvo problemas de ritmo no modo Invasão e um modo online problemático no matchmaking ao menos aqui no Brasil, sua produtora continua invicta em produzir apenas êxitos.