Com o anúncio do próximo título da série Black Ops, parte da comunidade reagiu com ceticismo, questionando o que o novo capítulo realmente trará de diferente. Após a introdução de mecânicas inovadoras no jogo anterior, que dividiram opiniões por seu dinamismo extremo, a nova edição busca aprimorar essa abordagem, prometendo mais intensidade e fluidez.

No entanto, resta saber se essas mudanças representam de fato uma evolução ou apenas reforçam antigos desafios. Esta prévia foca no modo multiplayer, tentando responder à pergunta que muitos jogadores fazem: será que, desta vez, a franquia conseguirá se reinventar? O Gamer Point teve acesso antecipado ao beta fechado de Call of Duty – Black Ops 7 e, à primeira vista, o futuro do jogo parece promissor.

Movimentação em destaque

A sequência de Black Ops amplia ainda mais a liberdade de movimento introduzida anteriormente, com novas mecânicas que impactam diretamente o estilo de jogo. A principal delas permite que os jogadores realizem saltos entre superfícies verticais, o que dá mais agilidade e imprevisibilidade às partidas.

Essa mudança altera significativamente o ritmo dos confrontos: posicionamento e mobilidade ganham destaque, enquanto a precisão nos disparos perde parte do protagonismo. Movimentos clássicos ainda estão presentes, mas agora dividem espaço com manobras mais avançadas. O resultado é uma experiência exigente, que tende a recompensar os veteranos da franquia, mas pode ser desafiadora para iniciantes. Ainda assim, essa aposta ousada ajuda a consolidar a identidade do título.

Call of Duty: Black Ops 7 – Um jogo rápido e imprevisível

Enquanto outros títulos do gênero priorizam confrontos táticos e realistas, Call of Duty: Black Ops 7 mantém seu foco na ação acelerada e intensa. As mudanças mais recentes levaram o ritmo das partidas a um novo patamar, o que pode gerar opiniões divididas. Ainda assim, é uma evolução coerente com o estilo marcante que a série vem construindo.

Um dos pontos mais evidentes é o aumento da velocidade dos personagens, o que torna os embates mais caóticos e imediatos. No começo, o excesso de estímulos pode confundir, mas com prática, o jogo revela sua lógica e recompensa a adaptação. Mesmo com tanta agitação, há estrutura: as decisões precisam ser rápidas, e o domínio dos recursos de mobilidade faz toda a diferença. A experiência equilibra adrenalina e estratégia, mostrando um avanço em relação ao título anterior.

Mapas diversificados e bem planejados

Durante o beta, ficou claro que os mapas foram projetados para valorizar o novo sistema de movimentação. Cada ambiente favorece estilos distintos — de combates diretos a abordagens mais estratégicas. Alguns cenários incentivam o uso criativo de saltos e escaladas, enquanto outros priorizam precisão e posicionamento.

O lançamento contará com 18 mapas multiplayer: 15 inéditos, três remasterizados e dois de grande escala (20×20). Essa variedade busca agradar diferentes perfis de jogadores, mas reforça o foco da desenvolvedora em partidas velozes e combates próximos. Visualmente, os mapas impressionam. De cidades futuristas a fortalezas em regiões congeladas, cada ambiente foi pensado para integrar mecânica e estética, indo além do visual e se conectando diretamente com o estilo de jogo proposto.

O beta de Call of Duty: Black Ops 7 apresenta seis mapas no formato 6v6. Na closed beta, estavam disponíveis apenas The Forge, Cortex e Exposure, enquanto os demais apareceram na open beta. Todos seguem o clássico design de três rotas característico da Treyarch:

  • The Forge é um mapa industrial, ideal para combates próximos e controle do centro com uso do Omnimovement.
  • Cortex é um centro de pesquisa em um penhasco, com rotas para flanquear e visual vibrante, perfeito para emboscadas.
  • Exposure traz um ambiente aberto com três rotas, contêineres para pulos criativos e longas linhas de tiro, favorecendo snipers.
  • Imprint foca em objetivos como Overload, com corredores estreitos e intenso controle do centro.
    Blackheart é um mapa pequeno e caótico, com espaços apertados e áreas elevadas para combates rápidos.
  • Toshin é um distrito urbano com ruas estreitas, monorail colapsado e pontos altos, ideal para SMGs.
    O modo Overload mistura elementos de captura e escolta, exigindo trabalho em equipe e estratégias coordenadas.

Mudanças que afetam o ritmo e a estratégia

Black Ops 7 traz novidades que podem redefinir os rumos da franquia. Embora mantenha elementos tradicionais, o jogo adiciona camadas táticas importantes. Um exemplo é a corrida tática, que agora depende de um item específico para ser ativada — o que exige escolhas conscientes na montagem do loadout.

Outro destaque é o sistema de personalização de equipamentos e habilidades, que permite modificar recursos ofensivos de acordo com o estilo do jogador. Isso torna cada partida mais adaptável, mas também levanta discussões sobre equilíbrio e competitividade.

Novidades que se destacam

Entre as adições mais comentadas está uma nova arma de longo alcance, capaz de atingir inimigos mesmo sem contato visual direto. Apesar de exigir precisão, seu impacto no gameplay pode gerar controvérsias, especialmente no cenário competitivo.
Em meio a tantas mudanças, o jogo busca se destacar e criar sua própria identidade, mesmo correndo o risco de dividir a comunidade.

Outro ponto bastante elogiado é o retorno do sistema de prestígio, agora aplicado de forma integrada entre os modos de jogo. A experiência acumulada vale para a campanha, multiplayer, Zombies e até Warzone, promovendo um senso de continuidade raro na franquia.
Essa integração evita a sensação de recomeço ao alternar entre modos e valoriza o tempo investido em qualquer área do jogo. É uma melhoria significativa em relação aos sistemas fragmentados do passado.

Zombies: intensidade e cooperação

Enquanto o multiplayer segue uma linha mais familiar, o modo Zombies: Sobrevivência se destaca pela intensidade e liberdade. Jogar sozinho já é desafiador, mas o modo realmente brilha quando jogado em equipe.
O ritmo é envolvente e as novas mecânicas, como o uso estratégico de habilidades de suporte, adicionam profundidade. É uma prova de que, mesmo com o passar dos anos, ainda há espaço para inovação sem perder a essência.

Vale a pena ficar de olho em Call of Duty – Black Ops 7 ?

O beta já deu uma boa ideia do que esperar: mapas bem construídos, ritmo alucinante e sistemas que incentivam tanto a agilidade quanto o pensamento tático. A movimentação vertical adiciona camadas à jogabilidade, enquanto ajustes pontuais, como a redução da eficácia do slide, ajudam a manter o equilíbrio.

Black Ops 7 combina velocidade com estratégia, tradição com inovação. Veteranos precisarão se adaptar a um novo ritmo, e iniciantes podem ter uma curva de aprendizado acentuada — mas o desafio é parte do charme.

Call of Duty: Black Ops 7 estreia dia 14 de novembro no Xbox Series S/X, PC, PlayStation 4 e PlayStation 5.