Bandle Tale: The League of Legends Story é uma nova aventura no universo amado/odiado de League of Legends, apresentando um novo gênero de jogo RPG desenvolvido pela Lazy Bear Games, a mesma mente criativa por trás do encantador Graveyard Keeper. Distribuído pela Riot Forge, este jogo leva os jogadores a uma experiência única em um mundo 2D pixelizado, onde a estética combina elementos cativantes de Stardew Valley com a mecânica de Graveyard Keeper, enquanto adiciona a intensa cozinha rápida de Overcooked.
Receita do Desastre
Nos arredores de Bandópolis encontra-se a vibrante ilha voadora de Novelândia, lar dos carismáticos Yordles do universo de League of Legends. Tive a oportunidade de assumir o papel de um Yordle personalizado por mim, com opções de customização de cor, visual e outros detalhes, de modo a me sentir confortável. Como um fã dedicado deste universo, isso me trouxe imensa felicidade, sendo verdadeiramente um “sonho realizado” poder criar algo conforme meu gosto.
Na história, nosso personagem passou incríveis 101 anos sendo treinado pelo seu avô na arte do tricô. Finalmente, reunindo coragem, decidimos deixar nossa casa e explorar o vasto mundo lá fora. Entretanto, durante uma festa organizada por um Yordle chamado Ozzy, as coisas tomam um rumo inesperado. Por algum motivo desconhecido, alguém sabotou os portais de lã, sim, você leu corretamente, portais feitos de lã. Com o estrago e explosões que aconteceram durante a festa, para nossa infeliz surpresa, todos os portais foram desativados.
Assim, somos levados a uma jornada extremamente leve e divertida pelas ilhas de Bandópolis para reparar os portais de lã. O encanto peculiar (nunca vi criaturinhas tão viciadas em beterraba) e a criatividade dos Yordles tornam essa aventura ainda mais cativante. Em meio a paisagens coloridas e desafios diversos, nossa missão é desvendar o mistério por trás da sabotagem dos portais, enquanto aproveitamos o aprendizado de tricô ao longo do caminho. Com a ajuda de novos amigos e a determinação de nosso Yordle, embarcamos nessa jornada para restaurar a ordem e a magia dos portais de lã em Bandópolis.
Um lugar legal e confortável
Em Bandle Tale, mergulhei em um mundo repleto de possibilidades básicas de crafting, onde o “RPG” se entrelaça habilmente com atividades que não possuem nada de novo, porém, é envolvente, como de pesca e plantação. A experiência de crafting no jogo é exageradamente intensa e cativante; é como se estivesse imerso em um universo de construção interminável.
Assim como em outros notáveis jogos da Lazy Bear, a coleta de recursos é a base do processo. Cada pedaço de material encontrado se torna um elo essencial na corrente da nossa jornada, eu pegava todo material que encontrava pela frente, e mesmo assim não ficava sem espaço, o que realmente me incentivada em certos momentos a explorar o mapa em busca de novos recursos. Com esses recursos, erguemos bancadas habilidosas que, por sua vez, se transformam em fábricas de itens vitais para o nosso sucesso nas missões.
Na nossa jornada épica para reparar os portais em Bandle Tale, ganhamos uma vantagem muito legal: uma mochila multifuncional que, além de repousar confortavelmente em nossas costas, se desdobra magicamente para se tornar nossa morada ambulante. Sim, você leu certo – levamos nossa casa-mochila para todos os lugares, transformando a ideia de lar móvel em algo verdadeiramente extraordinário.
Essa mochila não é apenas um recipiente para carregar nossos pertences; ela é o coração pulsante da nossa jornada. Dentro dela, nossas bancadas de crafting encontram um lar, prontas para serem desdobradas e dar vida a ferramentas essenciais, armadilhas engenhosas e toda uma gama de itens que moldam nossa experiência de jogo.
O aspecto mais incrível? A possibilidade de personalizar nossa casa-mochila. Nela, podemos incorporar o espírito dos Yordles do League of Legends, como Teemo, Veigar, Tristana, Rumble, Lulu e outros. A casa-mochila se torna uma extensão do nosso eu no jogo, refletindo nosso estilo único inspirado nestes personagens cativantes. A customização vai além dos limites do que esperamos, permitindo-nos adicionar móveis, aplicar pinturas vibrantes e uma variedade de detalhes inspirados na rica mitologia de League of Legends.
Casa-Mochila portátil
E você acha que acabou por aqui as funções da nossa mochila-casa? Que além de desempenhar um papel fundamental na nossa jornada através da habilidade de plantação, que, admito, é surpreendentemente simples que se resume apenas em criar canteiros, semear e aguardar o tempo que demora alguns minutos reais, ela nos oferece uma oportunidade meia que obrigatória e divertida: abrir nosso próprio restaurante ambulante.
A arte culinária em Bandle Tale se revela como uma experiência obrigatória, mas, ao mesmo tempo, incrivelmente envolvente. A simplicidade de coletar recursos das plantações se transforma em uma jornada gastronômica, muito parecido com Overcooked, onde utilizamos ingredientes frescos, como folhas exóticas e, surpreendentemente, as tão adoradas beterrabas pelos yordles.
O restaurante ambulante não é apenas uma distração divertida; é uma fonte vital de estrelas, a moeda essencial do jogo. Essas estrelas se tornam o motor financeiro para adquirir itens novos para a nossa casa e alcançar outros objetivos. Assim, o ato aparentemente simples de cultivar e cozinhar se transforma em uma jornada multifacetada, onde a satisfação de nossos clientes yordles se traduz diretamente em prosperidade e progresso para a nossa aventura.
Para completar a experiência, surge uma obrigação que transforma a jornada em algo totalmente festivo em Bandle Tale. Sim, é uma responsabilidade alegre: a produção de festas para avançar na história. Em cada ilha que visitamos para restaurar os portais, a coleta de lã de portal se torna crucial, e essa preciosidade só se manifesta quando os yordles estão imersos em celebração.
Foi então que me vi envolvido em um papel inusitado de organizador de festas. Planejar cada evento se tornou uma tarefa essencial, e a liberdade criativa que isso proporcionou foi algo que realmente apreciei. Afinal, não é todo dia que você é encarregado de decidir as músicas ideais, encontrar o local perfeito para a caixa de música, organizar o balcão de bebidas e lidar com vários outros fatores para garantir o sucesso da festa.
Colírio para os Olhos
Bandle Tale é um jogo visualmente encantador, com um estilo totalmente 2D e pixelado que evoca uma agradável sensação de nostalgia. A estética do jogo não apenas proporciona conforto visual, mas também adiciona um charme peculiar à experiência de jogo.
Quanto à trilha sonora, enquanto reconheço que ela pode se tornar repetitiva em alguns momentos, não posso deixar de destacar sua cativante capacidade de imbuir a energia vibrante de Bandopólis em nossos corações por meio da música. Mesmo que haja momentos em que o cansaço se instale, a trilha sonora desempenha um papel crucial em criar uma atmosfera envolvente, mergulhando-nos completamente no mundo mágico e animado do jogo.
Ao longo da jogabilidade, encontrei apenas um bug, e felizmente, foi visual. Durante a exploração da ilha da universidade de artes, notei que algumas texturas de segundo plano, situadas fora do mapa, estavam se sobrepondo umas às outras em determinados momentos. No entanto, é importante ressaltar que esse problema visual não comprometeu a experiência de jogo de forma significativa.
Ao embarcar na minha jornada em Bandle Tale, apreciei o game com uma configuração de hardware robusta, com uma placa de vídeo RX 6600 8GB, um processador Ryzen 5 3600, SSD NVME de 3.5GB/s e 16GB de memória RAM 3200MHz. Surpreendentemente, Bandle Tale revelou-se um game notavelmente leve, entregando uma média incrível de 200 FPS em minha configuração.
No entanto, minha satisfação encontrou um obstáculo ao perceber a limitação nas opções de configuração gráfica. A impossibilidade de ajustar detalhes específicos das configurações gráficas, embora compreensível dado o visual simples do jogo, gerou um leve descontentamento. Ainda assim, tive à minha disposição algumas opções como alterar a resolução, ativar ou desativar o Vsync, e escolher entre os modos janela ou tela cheia.
É interessante notar que, mesmo com essa limitação nas opções gráficas, o jogo se mostrou altamente acessível, podendo rodar em computadores mais modestos. A simplicidade visual do Bandle Tale é um ponto a seu favor, possibilitando uma experiência de jogo descomplicada em uma variedade de configurações de hardware.
Sorte das Estrelas
Em resumo, a minha jornada em Bandle Tale foi uma aventura repleta de surpresas, emoções e uma mistura única de elementos familiares de outros jogos notáveis. Desde a criação do meu próprio Yordle personalizado até as inúmeras atividades de crafting, restauração de portais, e a divertida produção de festas, o jogo ofereceu uma experiência envolvente e cativante.
A flexibilidade da mochila-casa, que se transforma em um epicentro de criação e personalização, trouxe um toque único à narrativa. A possibilidade de cultivar, cozinhar e até mesmo administrar um restaurante ambulante adicionou profundidade à jogabilidade, transformando atividades aparentemente simples em aspectos essenciais da minha jornada.
Apesar da limitação nas opções gráficas, a estética encantadora do jogo, complementada por uma trilha sonora vibrante, trouxe à vida o universo pixelado de Bandopólis. Em conjunto, esses elementos contribuíram para criar uma atmosfera única e nostálgica, proporcionando uma experiência que ficará marcada na minha jornada gamer.
Em última análise, Bandle Tale é mais do que um jogo; é uma celebração do universo de League of Legends, reimaginado de forma cativante e inovadora. A jornada pelos portais de lã, as festas organizadas, e a personalização da mochila-casa tornaram essa experiência verdadeiramente memorável, fazendo-me ansiar por mais aventuras no encantador mundo dos Yordles.